Aproveite as condições favoráveis do momento para comprar seu imóvel

Atualizado em 23/09/2019
Publicado em 21/07/2015
Autor: Regina Di Ciommo

Os preços dos imóveis estão em queda e o momento é do comprador! Aproveite para fazer um empréstimo e conseguir seu imóvel.

A perda do poder de compra do consumidor, com a alta da inflação, atingiu as vendas do comércio e o mercado imobiliário, neste primeiro trimestre de 2015. De janeiro a março foram cancelados lançamentos de imóveis novos por seis das 13 maiores empresas incorporadoras do país. A falta de compradores é o grande problema, agravado pela alta dos juros e as limitações aos financiamentos impostas pela Caixa Econômica Federal.

Os estoques atuais de residências novas para venda estão em torno de 27 mil unidades. A manutenção desses imóveis ameaça a se tornar um problema para os proprietários. O custo da publicidade destinada a alavancar essas vendas também aumentou.

Se não houver uma grande mudança na condução da economia, os especialistas e empresários preveem que essa situação deverá permanecer até o final do ano.

Até a metade de 2014 assistimos a um mercado imobiliário aquecido, com um grande número de consumidores aproveitando a expansão e as facilidades de crédito para comprar sua casa própria. Mas agora, com a crise econômica, os preços estabilizaram e há uma queda nas vendas. Apesar de não vermos uma diminuição de preços generalizada, quem está com condições de comprar vai encontrar vantagem para negociar bons descontos.

Aproveite as condições favoráveis do momento para comprar seu imóvel

Imagem: Getty Images

Os ventos estão a favor do comprador

Desde 2010, os preços dos imóveis subiram constantemente. Na cidade de São Paulo, por exemplo, nesse curto período de tempo, o valor do metro quadrado praticamente triplicou em alguns bairros. Mas desde o segundo semestre de 2014 a situação vem mudando. Se o que ocorreu uma bolha imobiliária ninguém tem certeza. Ao certo o que se sabe é que os preços agora talvez acompanhem a inflação e podem mesmo ficar abaixo dela.

O esforço atual das incorporadoras é acabar com os estoques de imóveis novos que já foram lançados, cuja venda já algum tempo vem sendo de forma lenta. Aqueles lançamentos com vendas rápidas e preços subindo sem parar, tudo isso acabou no mercado imobiliário no Brasil. Os negócios esfriaram, os estoques aumentaram com unidades que ficaram prontas e as vendas encolheram. Os descontos agora, chamados de “promoções” pelas imobiliárias, são de 20%, com melhores condições de pagamento, numa tentativa de ganhar o consumidor cauteloso.

No setor de imóveis usados, que compete com a grande oferta de novos, os descontos são ainda maiores, até mesmo no Rio de Janeiro, onde estão os imóveis mais caros do país. Passada a euforia dos últimos anos, os produtos precisam ser bem adequados à demanda, com boa localização, bom preço e qualidade, para atender ao consumidor da classe média até os da classe A.

Na Zona Sul do Rio, na Barra da Tijuca e na Tijuca, imóveis se valorizaram nos últimos anos, transformando os proprietários em milionários. Agora os preços vão ter que se ajustar a um novo cenário. Até mesmo no coração de Copacabana os proprietários estão percebendo a dificuldade de vender seus apartamentos. No período da Copa do Mundo as vendas aconteciam com facilidade, mas agora, mesmo com descontos de 30% não aparecem compradores.

A hora de comprar seu imóvel é agora!

Os investidores estão analisando a perda de atratividade de um setor que quando muito vai acompanhar a inflação em 2015. Os indicadores que levam a uma atitude mais conservadora incluem o medo do aumento de desemprego, o orçamento mais controlado das famílias, o risco de inadimplência e a queda no preço dos aluguéis. A demanda por transporte público, pressionada pelos problemas de mobilidade urbana, também fez com que a localização próxima ao metrô fosse a mais procurada nas grandes capitais.

O medo de comprar do consumidor é o que esfria o mercado de imóveis, num momento em que aumenta o receio com as consequências do cenário econômico na instabilidade de emprego e renda. Comprar a casa própria continua ser o sonho do brasileiro, representando sucesso, mas agora a dívida para a vida inteira, representada pelo financiamento do imóvel, está assustando os compradores. Ao invés de comprar o consumidor vai alugar, o que aumenta a procura pela locação e baixa os preços do aluguel, o que por sua vez desestimula o investidor a investir em um imóvel para alugar.

Vantagens e desvantagens de investir em um imóvel neste momento

A Secovi-SP, entidade que representa as empresas do setor imobiliário na capital paulista analisou as vantagens e desvantagens da compra de um imóvel na atual situação do mercado. As dicas para quem quer comprar aí vão:

– Uma pesquisa minuciosa das ofertas do mercado pode mostrar bons negócios para o comprador.

– Se o imóvel é para alugar é preciso considerar que se estiver com acabamento pronto será mais fácil a locação. Num momento em que há grande oferta de imóveis para alugar, é melhor investir no acabamento, como pisos, que poder ter qualidade e ser de bom gosto sem serem obrigatoriamente muito caros.

– Comprar um imóvel para alugar é uma boa alternativa como fonte adicional de renda. Podem acontecer imprevistos, como períodos de vacância e inadimplência, que vão variar de acordo com o tipo e a localização do imóvel. A rentabilidade costuma ficar em 70% do valor do aluguel, em termos anuais.

– Quem está com pouco capital deve buscar os imóveis novos, em lugar dos usados, devido à maior facilidade de crédito e à grande quantidade de imóveis em estoque. Os compradores vão conseguir descontos ainda maiores, ainda que seja por um tempo limitado. Esses estoques devem baixar e o interesse em dar desconto vai diminuir. Portanto, o melhor momento para comprar é agora.

– Para quem tem dinheiro investido e quer comprar um imóvel, a melhor alternativa é a compra de um usado. Com o novo limite para financiamento adotado pela Caixa, o valor final dos imóveis usados deve cair 21%.

2 Comentários

  • Lucas says:

    Olá,

    Muito bom Regina,

    Eu também tenho percebido uma queda brusca no mercado, e com isso, favorece o comprador.
    É uma pena que tenha muita gente com o foco na crise e esquecendo que isso acabou causando uma brecha no mercado de imóvel que pode ser muito lucrativo a longo prazo.

    Até!

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