Os preços dos imóveis estão em queda e o momento é do comprador! Aproveite para fazer um empréstimo e conseguir seu imóvel.
A perda do poder de compra do consumidor, com a alta da inflação, atingiu as vendas do comércio e o mercado imobiliário, neste primeiro trimestre de 2015. De janeiro a março foram cancelados lançamentos de imóveis novos por seis das 13 maiores empresas incorporadoras do país. A falta de compradores é o grande problema, agravado pela alta dos juros e as limitações aos financiamentos impostas pela Caixa Econômica Federal.
Os estoques atuais de residências novas para venda estão em torno de 27 mil unidades. A manutenção desses imóveis ameaça a se tornar um problema para os proprietários. O custo da publicidade destinada a alavancar essas vendas também aumentou.
Se não houver uma grande mudança na condução da economia, os especialistas e empresários preveem que essa situação deverá permanecer até o final do ano.
Até a metade de 2014 assistimos a um mercado imobiliário aquecido, com um grande número de consumidores aproveitando a expansão e as facilidades de crédito para comprar sua casa própria. Mas agora, com a crise econômica, os preços estabilizaram e há uma queda nas vendas. Apesar de não vermos uma diminuição de preços generalizada, quem está com condições de comprar vai encontrar vantagem para negociar bons descontos.
Os ventos estão a favor do comprador
Desde 2010, os preços dos imóveis subiram constantemente. Na cidade de São Paulo, por exemplo, nesse curto período de tempo, o valor do metro quadrado praticamente triplicou em alguns bairros. Mas desde o segundo semestre de 2014 a situação vem mudando. Se o que ocorreu uma bolha imobiliária ninguém tem certeza. Ao certo o que se sabe é que os preços agora talvez acompanhem a inflação e podem mesmo ficar abaixo dela.
O esforço atual das incorporadoras é acabar com os estoques de imóveis novos que já foram lançados, cuja venda já algum tempo vem sendo de forma lenta. Aqueles lançamentos com vendas rápidas e preços subindo sem parar, tudo isso acabou no mercado imobiliário no Brasil. Os negócios esfriaram, os estoques aumentaram com unidades que ficaram prontas e as vendas encolheram. Os descontos agora, chamados de “promoções” pelas imobiliárias, são de 20%, com melhores condições de pagamento, numa tentativa de ganhar o consumidor cauteloso.
No setor de imóveis usados, que compete com a grande oferta de novos, os descontos são ainda maiores, até mesmo no Rio de Janeiro, onde estão os imóveis mais caros do país. Passada a euforia dos últimos anos, os produtos precisam ser bem adequados à demanda, com boa localização, bom preço e qualidade, para atender ao consumidor da classe média até os da classe A.
Na Zona Sul do Rio, na Barra da Tijuca e na Tijuca, imóveis se valorizaram nos últimos anos, transformando os proprietários em milionários. Agora os preços vão ter que se ajustar a um novo cenário. Até mesmo no coração de Copacabana os proprietários estão percebendo a dificuldade de vender seus apartamentos. No período da Copa do Mundo as vendas aconteciam com facilidade, mas agora, mesmo com descontos de 30% não aparecem compradores.
A hora de comprar seu imóvel é agora!
Os investidores estão analisando a perda de atratividade de um setor que quando muito vai acompanhar a inflação em 2015. Os indicadores que levam a uma atitude mais conservadora incluem o medo do aumento de desemprego, o orçamento mais controlado das famílias, o risco de inadimplência e a queda no preço dos aluguéis. A demanda por transporte público, pressionada pelos problemas de mobilidade urbana, também fez com que a localização próxima ao metrô fosse a mais procurada nas grandes capitais.
O medo de comprar do consumidor é o que esfria o mercado de imóveis, num momento em que aumenta o receio com as consequências do cenário econômico na instabilidade de emprego e renda. Comprar a casa própria continua ser o sonho do brasileiro, representando sucesso, mas agora a dívida para a vida inteira, representada pelo financiamento do imóvel, está assustando os compradores. Ao invés de comprar o consumidor vai alugar, o que aumenta a procura pela locação e baixa os preços do aluguel, o que por sua vez desestimula o investidor a investir em um imóvel para alugar.
Vantagens e desvantagens de investir em um imóvel neste momento
A Secovi-SP, entidade que representa as empresas do setor imobiliário na capital paulista analisou as vantagens e desvantagens da compra de um imóvel na atual situação do mercado. As dicas para quem quer comprar aí vão:
– Uma pesquisa minuciosa das ofertas do mercado pode mostrar bons negócios para o comprador.
– Se o imóvel é para alugar é preciso considerar que se estiver com acabamento pronto será mais fácil a locação. Num momento em que há grande oferta de imóveis para alugar, é melhor investir no acabamento, como pisos, que poder ter qualidade e ser de bom gosto sem serem obrigatoriamente muito caros.
– Comprar um imóvel para alugar é uma boa alternativa como fonte adicional de renda. Podem acontecer imprevistos, como períodos de vacância e inadimplência, que vão variar de acordo com o tipo e a localização do imóvel. A rentabilidade costuma ficar em 70% do valor do aluguel, em termos anuais.
– Quem está com pouco capital deve buscar os imóveis novos, em lugar dos usados, devido à maior facilidade de crédito e à grande quantidade de imóveis em estoque. Os compradores vão conseguir descontos ainda maiores, ainda que seja por um tempo limitado. Esses estoques devem baixar e o interesse em dar desconto vai diminuir. Portanto, o melhor momento para comprar é agora.
– Para quem tem dinheiro investido e quer comprar um imóvel, a melhor alternativa é a compra de um usado. Com o novo limite para financiamento adotado pela Caixa, o valor final dos imóveis usados deve cair 21%.
2 Comentários
Olá,
Muito bom Regina,
Eu também tenho percebido uma queda brusca no mercado, e com isso, favorece o comprador.
É uma pena que tenha muita gente com o foco na crise e esquecendo que isso acabou causando uma brecha no mercado de imóvel que pode ser muito lucrativo a longo prazo.
Até!
@lucas
Bom dia Lucas, tudo bem?
Que bom que gostou do artigo
Agradecemos seu contato, obrigada!