Os planos de previdência privada permanecem em alta, no Brasil. São números animadores para quem movimenta o setor, como atesta a Fenaprevi – Federação Nacional de Previdência Privada e Vida –, que revelou o montante de R$ 73 bilhões movimentados só no ano de 2013.
Isso já se traduz em 4,5% a mais do que foi gasto no ano de 2012. Ainda assim, existem dúvidas que permeiam os investidores nos planos de previdência, visando o bem-estar econômico próprio e de sua família, no futuro.
Entre elas, está a questão que envolve os benefícios fiscais a quem contribui regularmente com o plano de sua preferência da previdência.
Investir na previdência ajuda a garantir benefícios fiscais?
Em pouquíssimas palavras: sim, o plano de previdência permite que o contribuinte realize a dedução de até o limite de 12% da sua renda bruta anual. Este é, inclusive, um dos atrativos mais calorosos que fazem as pessoas investirem na previdência privada.
No entanto, essa é uma regrinha aplicável aos produtos da modalidade PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e que, na visão do sócio da consultoria Moneyplan Fernando Meibak, essa dedução no Imposto de Renda nada mais é que uma questão paliativa. Segundo ele, “(…) você deixa de pagar IR agora para pagar no futuro. O efeito financeiro é pequeno”, afirma Meiback.
No entanto, o benefício existe e não diminui, ou exclui, as vantagens de investir em planos de previdência. Entre os tantos disponíveis e sedutores no mercado, é válido que a pessoa busque não apenas informações sobre cada um deles, mas procure, acima de tudo, vantagens que se apliquem ao seu próprio plano de vida.
Considerando o atual cenário político e econômico brasileiro, Fernando Meiback aconselha os investidores a depositarem sua verba dedicada para o futuro em títulos do Tesouro Nacional. “Sempre recomendo a aplicação em títulos de longo prazo, especialmente em Notas do Tesouro Nacional Série B, que rendem juros mais a inflação calculada pelo IPCA”, afirma o profissional da área.
Por isso, antes de investir pensando exclusivamente nos benefícios fiscais, a curto prazo, traceje um plano econômico que ofereça mais vantagens para você no futuro. Afinal de contas, investir nesse tipo de plano é uma medida que permite uma situação mais confortável, economicamente, justamente a longo prazo, e não de forma imediata.