Os juros mais baixos e a queda da inadimplência em 2012

Atualizado em 25/09/2019
Publicado em 18/10/2012
Autor: Emprestimo Online

O instituto Boa Vista Serviços, que administra o SCPC, Serviço Central de Proteção ao Crédito, divulgou os resultados de sua pesquisa “Mercados – Endividamento e Inadimplência – 2012”, no final do mês de setembro. O SCPC é sistema que centraliza as informações sobre pessoas físicas e empresas devedoras.

A pesquisa trouxe notícias animadoras com relação à situação financeira dos consumidores brasileiros, que já haviam sido notadas por vários economistas. Em comparação com 2011, quando os juros eram mais altos, a inadimplência cresceu em ritmo inferior. No ano passado o comprometimento dos rendimentos do consumidor eram maiores, ao contrário do atual período da economia.

Os juros mais baixos e a queda da inadimplência em 2012

Imagem: Getty Images

As dívidas com cheques sem fundo diminuíram, como também, dívidas com cartões de crédito, crediário em lojas, empréstimos, serviços de telefone e fornecimento de água e luz, que caíram com variações de 2% a 15%. Entretanto, valor médio das dívidas em cheques sem fundos teve alta de 12%.

Também a redução dos títulos protestados foi notável, com uma queda de 28,6%. Somente as dívidas com bancos permaneceram com alta de 1,4%. Entretanto, o valor médio dessas dívidas diminuiu 1,9% entre janeiro a setembro de 2012, em comparação com 2011.

Apesar de ter se beneficiado de um aumento de renda nos últimos anos, com acesso a bens de consumo e serviços a que antes não conseguia chegar, boa parte da classe média não está conseguindo administrar seu orçamento para fugir das dívidas. Um total de 23% dos consumidores que tem o nome sujo nos órgãos de proteção ao crédito pertence à classe C. Quando são analisados todos os consumidores do Brasil, o resultado é de 19% em situação de inadimplência.

Com 21% de representantes com o nome sujo, estão as classes D e E. Nas classes altas também se encontram devedores inadimplentes, com um índice de 5% na classe A e 13% na classe B.

Um dado alarmante constatado pela pesquisa é de que 58% dos entrevistados não pagam a fatura integral do cartão de crédito no final do mês, o que geralmente leva a situações insustentáveis devido aos juros altos praticados pelas operadoras dos cartões. Além disso, a maioria dos consumidores possui mais de 2 cartões de crédito, utilizando-os para contratar essa modalidade de empréstimo. Quando as dívidas se avolumam 46% dos entrevistados declarou que resolve a situação renegociando o valor e o prazo com a financeira.

A facilidade com que são adquiridos e utilizados os cartões de crédito trouxe uma situação desafiadora e nova para o consumidor da classe média brasileira, que muitas vezes não percebe o risco que corre ao não quitar o valor de seus débitos todos os meses, refinanciando o total das faturas.

A equipe de economistas da Serasa declarou que a queda da inadimplência se deve a um período positivo, depois que caíram as taxas de juros, inclusive a dos cartões de crédito e aumentou o interesse em renegociar as dívidas. Um fator que também contribuiu para diminuir a inadimplência foram os valores recordes nas restituições do Imposto de Renda.

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